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segunda-feira, agosto 8

De Titicaca (Bolívia) a Arequipa (Peru)

Na pesquisa que fizemos descobrimos que a Bolívia é baratíssima. Já sabíamos que iríamos economizar bastante, ainda mais se compararmos com o Chile. Para vocês terem uma idéia, os hotéis não passam de 15 dólares para duas pessoas! Mas é bem verdade que eu não estou esperando luxo e muito menos glamour. É coisa simples, mas com banheiro no quarto. Quando se viaja para a Bolívia, uma das primeiras coisas que se deve perguntar é se tem água quente. Nem todos os hotéis tem e se tem, nem sempre é o dia todo. Pelo o que vimos, em Copa poderemos economizar ainda mais na comida. Depois das 18h, o melhor lugar para se comer é o mercado. E o mais em conta também. Trutas custam 1 dólar. Hamburguer com fritas, apenas 25 centavos de dólar. É claro que isso deve ter inflacionado. E é claro que eu não vou arriscar de tomar suco (por 15 centavos de dólar). Ou pelo menos não sem um clorin esperto.
De Copa, a idéia é passar uma noite na Ilha do Sol, a mais bela do Lago. Os passeios falam também da Ilha da Lua, mas ninguém conseguiu nos convencer de que vale a pena gastar horas num barco para ir até lá. A Ilha do Sol é imbatível, parece.
Depois, voltamos para La Paz e partimos, de trem, para Ururo. Lá, é a porta de entrada para o Deserto de Sal da Bolívia. Nossa maior aventura, acho eu. Serão três dias de muito frio, mas muita paisagem deslumbrante. Na segunda noite de salar, vai ser perrengue. Dizem que em agosto/setembro a temperatura pode alcançar -15ºC. Isso mesmo MENOS. E, para completar a situação desconfortável, os seis da excursão dormem juntinhos, num mesmo cômodo, SEM calefação. Isso mesmo. Só a roupa do corpo, um cobertor que eles dão e um saco de dormir (que nós teremos que levar) para aquecer. Se eu agarrar alguém será por sobrevivência!!! (até porque, banho, nem pensar, né?! Ou seja, aqueles europeus, ou israelenses vão estar fedendo mucho).
De lá, cruzamos a fronteira com o Chile e vamos para o deserto de San Pedro de Atacama. Serão de três a quatro dias por lá, visitando o Vale da lua, o Salar do Atacama, fazendo tours das lagoas antiplânicas, tours arqueológico ou astronômicos (!!!), além dos Geysers, uma das principais atrações. Nesse passeio, acordamos (ou nem dormimos) de madrugada porque precisamos chegar até os geysers umas 6 da manhã. Geyser (fala-se gaisers), são campos geotérmicos, com buracos no chão que expelem colunas de vapor com temperaturas que atingem 85ºC (só para contrastar com o salar de Uyuni, na Bolívia). Ao amanhecer (taí o motivo de acordar tão cedo), esse jorro alcança uns 7 metros. Ao redor, formam-se piscinas, nas quais poderemos mergulhar (os mais corajosos, claro).
Depois, partimos para Calama, a cidade mais próxima de Atacama. Lá, pegamos um ônibus até Iquique, um ponto diferente na nossa viagem. É que lá fica a maior Zona Franca da América do Sul... Ai, ai... Descontrol total, me segura, me segura!...
A gente está subindo, pelo Chile, mas aos poucos. Iquique serve de parada estratégica para chegarmos até Arica, um balneário (pelo o que vi, muito mais ou menos e que me lembra Palmas, TO... arrepios, arrepios!) que, por sua vez é porta de entrada para o Parque Nacional do Lauca.
Segundo a Unesco, é uma das reservas de biosfera do mundo. Lá, serão 3200 metros de altitude, com picos de 6300 (eu não pretendo ter essa experiência...). O lago Chungara é o lago mais alto não navegável do mundo, a 4500 metros (Titicaca é o mais alto navegável. Nossa, quantos recordes vamos encarar nessa viagem!) Em compensação, a paisagem é deslumbrante, com vulcões ao redor. Bom, a dica é ir de setembro a dezembro, quando a temperatura está mais tranqüila, tem pouca chuva. Como o passeio é de mais de um dia, vamos dormir em Putre.
Terminando o passeio, se vivas, voltamos para Arica e pegamos um ônibus até Tacna para pegar um ônibus até Arequipa, no Peru.
Ufa.
Arequipa é conhecida como "cidade branca" por causa da cor da lava vulcânica, usada em boa parte das construções. Dizem que é muito bonita. Aliás, já sei que vai ser difícil estipular quem ganha: Peru ou Bolívia. São países muito, muito bonitos. Tenho certeza que, por mais que navegue na internet, a viagem vai me trazer boas surpresas.

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