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terça-feira, novembro 27

Feira de jogos em Essen

Uma geral da feira: infelizmente as nossas fotos não mostram como realmente estava o "riocentro alemão". Portanto, como diria Glória Maria: "gente, só mesmo estando aqui pra sentir o que realmente é".



Esse texto eu postei no Oba, Tijolo!, mas resolvi repeti-lo por aqui. Acho que pode ser interessante para non-gamers também. Talvez vocês fiquem impressionados com a grandeza da coisa. Ui, como é grande... a feira!
...


Eu sei, eu sei. Já tem muito tempo que Essen passou, mas continua sendo o assunto deste blog. Portanto, antes tarde do que nunca. Até porque, a feira merece.

Chegamos na Alemanha por Dusseldorf, com o seu aeroporto estranho e uma estação de trem feita a base de vidro e metal, dando um clima impessoal e frio (convenhamos que não precisa de mais frieza, os termômetros já marcavam uma temperatura bem baixa). Foi o tempo de entender como compraríamos o bilhete do trem em direção a Essen. Ao chegarmos, ufa, o Ibis, ótima rede de supermercado do grupo Accord (francesa, bien sûre), era a menos de 200 metros da estação. Bem instaladas (nossa, como valeu desembolsar um pouco a mais do que costumamos pagar por um quarto só pra nós e os jogos), partimos para o Riocentro de Essen (só que com metrô!).


Antes de ir, já tinha ouvido falar de uma estratégia para aproveitar bem: "quinta e sexta dedique-se aos jogos antigos que ficam nos sebos. Os preços são bons, mas os jogos vão embora. Já no domingo, o último dia, aproveite para comprar os lançamentos, que caem de preço".

Bom, nem sempre dá para explorar táticas na feira. Em primeiro lugar porque chegamos na sexta depois do almoço, ou seja, o tempo era curto. E depois porque, quando você chega naquele prédio lotado de jogos por todos os lados, com milhares de pessoas, você leva um susto (aiquesusto total). Eram cerca de dez pavilhões espalhados em 441.000 metros quadrados, cheios de estandes de jogos novos, editoras, sebos, mesas para jogar e conhecer as novidades… Tinha até uns RPGs e videogames. Mas eram os outsiders, as minorias que estavam ali para constar. "Honestamente, não quero ter mais de dois estandes voltados para os videogames. Quero eles longe da feira", disse a responsável pela feira Dominique Metzler, da Comic Action, em entrevista exclusiva para o Oba, Tijolo!.


Tinha uma galera esquisita, muito nerd (sim, porque a gente era muito normal) que andava com cosplay.

Lembrando, a feira de jogos aconteceu entre 18 e 21 de outubro e foi a sexta edição de um sucesso extraordinário da Action Comics, empresa responsável pela produção do evento. Durante quatro dias 148 mil pessoas passaram pelo pavilhão de Essen, a oeste da Alemanha: crianças, jovens, adultos, idosos foram lá por um propósito: conhecer os últimos lançamentos dos jogos e comprar, comprar!
"Procurando sites que falassem sobre a feira, descobri que um grupo com cerca de 150 coreanos que fez um pacote com avião, hotel e ingressos só para vir à Essen", conta Dominique, uma simpática mulher nos seus 40 e tantos anos que herdou do pai a tarefa de produzir a feira.


Alguns Números
Nesse ano foram 758 exibidores, de 30 nacionalidades e cerca de 500 novidades em jogos. Uma coisa de louco. E nem foi o ano que mais circulou gente. Ano passado foram 151.000 visitantes.

Apesar de ser de quinta a domingo, não dá tempo de ver tudo e pesquisar todos os estandes. Infelizmente. Marinheiras de primeira viagem, não conseguimos achar onde estava para vender o The Red Dragon Inn, por exemplo. Um joguinho que estava bastante curiosa para ver e testar. Em compensação, apesar do "tempo curto", deu para testarmos jogos como Army of Frogs - com direito a Tânia ganhar do autor do jogo, o John Yanni!!!! -, Jenseits von Theben, Amyitis, Cuba, Bandu, Eketorp, futebol de imã, Shear Panic, entre outros.
Compramos ao todo – para nós – dezoito jogos e, acreditem, ainda não abrimos seis (Reef Encounter, Carolus Magnus, Yoyo, Säulen von Venedig, Amyitis e Ys). Estão abertos, mas ainda não jogamos o San Juan, e o Kontor. Mas já nos deliciamos com excelentes partidas com três ou duas jogadoras de Blue Moon City, Army of Frogs, Downfall of Pompeii, Turn the Tide, Shear Panic, Tikal, Mississipi Queen, Jenseits von Theben, Elfenland e Cartagena.


Bausak, um jogo muito divertido que a gente tem que empilhar as formas mais esquisitas e manter tudo firme, sem cair!


Como vocês podem ver, aproveitamos muito Essen para comprar joguinhos dos anos anteriores. Talvez porque era irresistível ver um Elfenland a 12 euros, um Tikal a 14 e um Kontor a 8 euros…Talvez porque os jogos novos ainda estavam um pouco salgados para os nossos bolsos (entre 30 e 40 euros). Ok, eu sei que isso é barato perto do que será nas lojas e se comprados aí no Brasil.

O fato é que saímos de Essen com um gostinho (inho?) de quero mais. Pensei que fosse me estressar com a quantidade absurda de gente e o empurra-empurra, mas não. Deu para agüentar e todos convieram harmoniosamente.
:-)


Algumas constatações
Em Essen descobri que Beatles, Rolling Stones, Janis Joplin, Roberto Carlos não morrem jamais. Os clássicos são sempre (muito) procurados e vai haver sempre espaço para Carcassone, Settlers of Catan e até mesmo para os Michael Jackson, ou seja, aqueles que a gente supunha mortos, mas estão vivinhos como Banco Imobiliário (monopoly), War (risk) e até mesmo Combate (Stratego), que ganhou versão 3D bem curiosa. Muitos, mas muitos compravam as expansões de Carcassone e Catan nos sebos e havia até mesmo gente que comprava as diferentes versões para o tão monótono Monopoly! Incrível, não? Essen serve para todos os gostos.


Um mega Cara a Cara, o primeiro clássico encontrado. E o primeiro jogo que jogamos.


Esse estava ao lado do Cara a Cara. Nunca joguei... Mas imagina ter um desses, versão cama de criança?!!!? Muito legal!

Histórias da dupla em Essen

Ah, sim, preciso contar a historinha do army of frogs, para quem ainda não ouviu:
Estávamos passando por um cantinho, em direção aos sebos, quando nos deparamos com o estande do army of frogs. Sentado, um moço explicava a um senhor como se jogava a novidade. Paramos para ouvir e o moço de sotaque britânico perguntou se nós gostaríamos de jogar também. A gente, claro, aceitou. Jogo vai, jogo vem, um rapaz apareceu do nada e disse: "é você a quem eu tenho que agradecer pela existência de hive?", indagou o rapaz para o sujeito que nos explicou o jogo (o de sotaque british). E eis que o moço afirmou com a cabeça, um pouco constrangido, mas com um sorriso nos lábios. Eu olhei pra Tânia, Tânia olhou pra mim e… putz, jogávamos com o autor e nem nos demos conta… Tânia sacou a máquina fotográfica e registrou momentos meus de analisys paralisys (Tânia é fooooofa, né?) ao lado do autor e fez o favor de ganhar dele (aê!).

O mais perto que conseguimos ficar do mosquito - a expansão do jogo Hive...

Bom, nossos amigos d'aqui mar, do SpielPortugal, tiveram acesso exclusivo à nossa wishlistinha, que nada mais era do que quase a minha wishlist inteira, com mais alguns joguinhos, só-para-termos-opções… Algo em torno de dez páginas, formatado em duas colunas. Enorrrrme. Enfim… um dos jogos que lá estava era a novidade Macht und Ohnmacht, do Andreas Steding. Um joguinho para duas pessoas que poderia ser útil para os dias de inverno parisiense. O próprio nos explicou e nos convidou para uma partida. Era para dois jogadores. Explicando muito mais ou menos, o jogo tem "duas fases": uma de guerreiros e outra de magos. É ruim… É ruim… Não sei o que a turma do "não-há-jogos-ruins-no-mundo" diria sobre esse. Podemos esperar um comentário de uma das fundadores do Polyanna Games, Tânia Zaverucha do Valle. Mas, resumindo, e infelizmente, o joguinho era fraco, confuso e não gostamos de cara (quer dizer, eu não gostei. Não sei qual adjetivo-justificativa a Tânia vai dar, mas eu não gostei). A ponto de nós duas fugirmos do cara (o autor), no momento em que ele saiu da mesa para explicar o jogo para as pessoas que paravam no stand A gente aproveitou e levantou. Ele nos viu e a gente explicou, namaiorcaradepau!, que só queria conhecer o jogo, que aqueles rounds já deram pra gente ter uma noção do jogo. Beleza, obrigada, bye, bye… Ufa! Escapamos. Rolou culpa depois, mas o alívio foi maior.

Enquanto eu trabalhava duramente, fazendo a entrevista com a responsável pela feira, Tânia caía em outra cilada. Ela foi jogar Cuba com dois franceses e dois croatas (ou sérvios, válásabereu), e ela. Jogo vai, jogo vem, ela não estava lá muito animada com a partida. E, no meio, até teve um sorteio que a Tânia e um dos croatas tiveram que sair. Taninha ficou na esperança de que os outros desistissem na partida, mas não. Teve que ir até o fim, com direito a participação especial de uma abelha…


Totó humano: para crianças e adultos se distraírem entre um jogo e outro. Hehehe


Aqui é a sala onde podíamos guardar as malas. Reparem, a galera levava malas grandes para guardar os jogos comprados... Que gente esquisita, não é mesmo?



O último metrô: a volta da feira no domingo



Todos os jogos comprados: SIM, eu ainda sou maior do que a pilha!! Aí estão também os joguinhos encomendados pelo Dimitri e pelo Chirol. Ou seja, se você tirá-los, não vai sobrar quase nada pra gente. :-)