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quarta-feira, outubro 6

11 anos

Os "delinqüentes", disseram, casaram. Os caretas, se libertaram e as promessas continuam promessas. Os medíocres, surpreenderam.
Os bem-humorados, continuaram assim e os irônicos também.
Alguns emagreceram, outros estão mais gordos. Mas isso não significa que uns melhoraram e outros não. Muito pelo contrário.
Muitos que não estavam lá, foram lembrados. Muitas histórias foram contadas e recontadas e a memória reativada - mesmo que alguns não tivessem nenhum registro de certos episódios.
Saudades daqueles tempos. Saudades.

PS: Obrigada dona Geórgia.
PS2: E Dr. é o caralho. Para mim ele vai ser sempre Viadinho!

terça-feira, setembro 21

No fim

A Chapada dos Veadeiros (sim, VEadeiros, errei no post anterior) é deslumbrante. A vila de São Jorge não é precária, sem graça ou deserta como muitos sites gostam de enfatizar. São Jorge é pequenina, mas muito charmosa. Tem algumas pousadas simpáticas, com bons preços, seus habitantes são acolhedores (Taninha que o diga). Mas um carro é essencial. Sem carro, você fica na mão dos guias. E aí o passeio sai caro. Para conhecer bem a Chapada é preciso gastar uns 15 dias. Cinco para São Jorge, outros cinco para Alto Paraíso e o restante para Cavalcante (cidade ao norte do parque que está começando a ficar mais conhecida). Aí, quem sabe, você consegue conhecer um pouquinho da região. Eu fiquei oito dias, sete de passeios, sem parar. E não vi tudo o que gostaria.

O parque tem apenas dois passeios. Fizemos os dois, claro. São lindos, longos, um pouco sofridos para quem não está acostumado, mas sempre com uma linda cachoeira no final (é o sofrimento antes de alcançar o nirvana). As Carioquinhas são maravilhosas!!!!!!!
Depois, fomos para o Vale da Lua, Raizama e Morada do Sol. Os pés sofrem menos e são muito bonitos os três lugares.
No dia seguinte, eu e Tânia pegamos um ônibus e fomos até a Pousada São Bento, uma fazenda entre Ponte Alta e São Jorge. Lá estão três cachoeiras: Almécegas I e II, e a São Bento. A ida foi a cavalo! Sim, fomos de Silver! O máximo. Mas a volta foi com os próprios pés mesmo. Muito bonita Almécegas I, mas a água é gelada demais, sô!

No dia seguinte, fomos desvendar o Segredo. Foram 16km de caminhada (somando ida e volta) e sem nenhum arrependimento. No dia seguinte, quase sem forças, fizemos um passeio light. O Encontro dos Rios são apenas 2km. Mole, mole.

Hoje chegamos em Alto Paraíso e fomos para os Cristais, um "complexo" de pequenas cachoeirinhas que tem aqui pertinho. Ficou de fora o Rio dos Couros (dizem que é um dos passeios mais bonitos da região). E amanhã encaramos um ônibus e um avião... Chego antes das dez da noite. Pronta para encarar outra maratona: a do CINEMA!!!!!



segunda-feira, setembro 13

Na chapada

Cá estou eu em Alto Paraíso de Goiás, porta para São Jorge que é porta para a Chapada dos Veadeiros. Agora falta pouco para acabar a jornada. E que jornada!
O Jalapão é lindo demais, também conhecemos Brasília, Palmas (???!!! minhanossasenhora), Taquaruçu (o piscinão de ramos de Palmas), Lagoa da Confusão. Aliás, muito confusa a cidade. Para você ter uma idéia, lá tem vegetação de Pantanal, cerrado e um cadinho de amazônia. Foi a cidade mais a oeste do Brasil que fui. E foi lá que perdemos o ônibus que pegaríamos para Porto Nacional, passagem para Alto Paraíso. Ele chegou cedo demais no ponto. Lá também, mandei o argumento do roteiro para o tal concurso do Minc. Seja o que Deus quiser!
Natividade, nosso ponto seguinte, é uma cidadezinha histórica, que fez parte da rota do ouro. Simpática, pena que estava no período de seca e não tinha nenhuma cachoeira para ficar. Tivemos que enrolar até ás 22h30, quando pegamos o ônibus pra cá.
Esse é o resumo do roteiro até então. So far, so good. Mas acredito que a Chapada supere tudo. Ou quase tudo.

Flávio e Simone, um recado: nós vimos veados, emas, tuiuiu, maguari, jacaré... Pode deixar que a gente manda as fotos para vocês.

Ficamos até o dia 21 de setembro por aqui (chego aa noite no Rio). Em São Jorge, finalmente poderemos abrir as mochilas e tirar as roupas! Quem sabe até colocá-las num armário ou em prateleiras. Lavá-las? Um sonho!

O celular só funciona em Alto Paraíso (vamos ficar até 'as 16h de hoje). Em São Jorge, voltamos ao isolamento.

Ah, tava pensando em comemorar meu aniversário na prainha ou na reserva e depois almoçar por lá em algum restaurante baratinho. O que que vocês acham? Seria no dia 25 (sábado) mesmo, bem cedo para que as crianças também possam ir e para que possamos voltar cedo e aproveitar a mostra. Alguém tem outra sugestão? Aceito!
Beijos para todos.




quarta-feira, setembro 1

Férias

Amanhã vôo para Brasília. De Brasília, para Palmas e de Palmas pego um ônibus que vai me deixar cerca de quatro dias no Jalapão. De lá, a idéia é seguir para a Chapada dos Veadeiros. Mas outros seis, sete dias. Como são 10h ou 11h de perrengue, devemos fazer algum pit stop. Depois, o instinto se encarrega de nos deixar onde estiver melhor. Férias de prédios, férias de gente, férias de ansiedade. Férias de tudo. Sumir do mapa. É isso aí.
Até o fim do mês.
Beijos.

quinta-feira, agosto 19

A baleia, a novela

Morreu no dia 10/8/2004 a baleia jubarte encalhada na Praia do Forte do Imbuí, em Niterói. Depois de dois dias encalhada na praia e de oito tentativas para fazer o resgate, o cetáceo não agüentou. O país se mobilizou com a agonia do pobre animal, que pesava cerca de dezoito toneladas. Mais de 100 pessoas estiveram envolvidas com o resgate, entre bombeiros, biólogos, oceanógrafos e até a Petrobrás, que cedeu dois rebocadores. Tudo em vão.
Enquanto isso, o texto não sai. A baleia sou eu, de fato. A baleia sou eu. Há poucos dias da entrega, a baleia sou eu.

quinta-feira, agosto 5

Por que diabos eu acho que alguém vai parar para ler esse blog?

sexta-feira, julho 23

Enfim

A coluna do Veríssimo da semana passada fala sobre a Flip (infelizmente não consegui colocar o link da coluna aqui). Mesmo depois de um tempão. E escreve sobre Wisnik, uma das melhores palestras daquele fim de semana. Aliás, deixou Ian McEwan, Chico Buarque e Paul Auster no chão. Bom, Veríssimo me animou e única e exclusivamente por causa dele escrevo sobre Parati. A demora foi causada apenas pela preguiça (poderia ter usado a desculpa clássica da falta de tempo, mas não foi isso, não) e pela confusão de pensamentos que a viagem me causou. Fiquei bastante perdida e sem nenhuma capacidade para escrever. Mas, como diz Lewis Medlock, personagem de Burt Reynolds em Amargo Pesadelo: "às vezes você precisa se perder para achar algo." Por isso, seguem algumas impressões. Não vou me detalhar. Já passou. Foi bom pra mim, mas já passou.
Além de Wisnik, outra grata surpresa foi Martin Amis, no último dia, lendo em inglês, as primeiras páginas de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. O inglês elegeu o clássico do escritor carioca como seu livro de cabeceira, aquele que ele levaria para uma ilha deserta. Amis, que não foi lá grandes coisas na sua palestra com Ian McEwan, me conquistou. Nesse mesmo dia, nessa mesma palestra, outro que ganhou muitos pontos foi Paul Auster. Ele escolheu Watt, livro de Samuel Beckett. O trecho era uma delícia de ouvir, com suas inúmeras repetições de palavras. Divertido e bonito.
Outro ponto interessante da Flip: se você não foi a uma palestra não tem problema, os outros te falam sobre - entusiasmados ou não - e, a partir das impressões alheias, você se empolga (ou não) de uma tal maneira, podendo até virar fã do escritor. É o caso do angolano José Eduardo Agualusa. Além de ser um charme, parece ter hipnotizado a platéia. Eu não vi, mas muitos falaram que ele sairia de Parati com um score de mulheres (e homens) alta. "Ele come quem quiser". Ouvi muito isso... Ainda não comprei um livro dele, mas está na lista. :-)
Mas Wisnik parece ter superado. "Wisnik sim, pega quem ele quiser. Inclusive Agualusa!"
Parati foi uma descoberta. Aquela cidadezinha, por onde sempre passava durante as minhas viagens para São Sebastião, sempre me interessou, mas nunca parei para visitar. Finalmente fui. Lá, descobri a cidade, o universo literário e pessoas, amigos de Flip. Claro, os escritores são vaidosos. Mas também podem se revelar bem-humorados, indecisos e autocríticos (gente, quem tem que entrevistar artista plástico acha escritor tranqüilo). Alguns passeavam pelas ruas de pé-de-moleque e se perdiam no meio da multidão (literalmente multidão). Outros ficaram mais reclusos. Muito assédio pela imprensa (sempre a imprensa!). E eu ali, no meio daquilo. Pouquíssimos livros lidos, pouquíssimo escritores conhecidos. Um Edgar Allan Poe aqui, um Machado de Assis ali, Isabel Allende acolá. Mas Parati é só o início. Até 2005.

PS: quem passar por aqui (???) e se interessar em comentar alguma coisa, por favor, mande um e-mail (bel27@uol.com.br). Não sei se os comments estão funcionando...

quinta-feira, julho 15

Muita calma nessa hora

Preciso falar sobre a Flip. Preciso falar sobre a Flip! Mas está difícil encontrar um tempinho para escrever com calma. E preciso escrever com muita calma! E com detalhes sobre a Festa. Mas posso adiantar que foi muito, muito bom.

quinta-feira, julho 8

Paraty, Parati

Corpo mole, garganta arranhando... é isso mesmo o que você está pensando. E o que é pior, às vésperas da Flip (para quem não sabe ainda, Festa Literária Internacional de Parati). Saio amanhã (sexta, 9) cedinho (consegui folga!!!!). Acho que é ansiedade que está me fazendo ficar doente. Ansiedade diante de algo bom. Típico. Se eu sou ansiosa, logo meu organismo também se comporta como tal, ansioso, nervoso. Eu juro, queria ser mais calma, mais relaxada. Mas aí fico tensa porque não consigo relaxar, não durmo e o ciclo recomeça.

Bom, voltando para Paraty.
Já escrevi isso no meu perfil do orkut , mas repito aqui. Literatura é um novo mundo que se abre. Sempre li pouco e, apesar de ter um padrinho escritor de livros infantis, não havia muito estímulo. E o fato de ser uma criança mega-ativa, com o diabo no corpo, sempre aprontando muito, também não ajudava na hora de sentar ou deitar calmamente para ler um livrinho. As coisas começaram a mudar quando li Amor nos Tempos do Cólera. Se não me engano, meu primeiro livro adulto. Depois, segui com Casa dos Espíritos, 1984 ... Mas foi quando fui morar em São Paulo (em 2000) que comecei a emendar um livro no outro. Com altos e baixos, claro, não parei mais. Estou no topo da montanha russa. Dos autores que vão à Flip não li muitos é bem verdade. Mas estou muito feliz por finalmente conhecer Paul Auster (conhecia apenas os ótimos filmes baseados na Trilogia de Nova York, Cortina de Fumaça e Sem Fôlego). Li Leviatã e gostei muito. Logo que terminei, parti para Mr. Ian McEwan, em Amsterdam. O livro é enxuto e gira em torno da amizade entre Clive (um compositor de música clássica) e Vernon (editor de um jornal inglês sensacionalista à beira da falência), que se encontram no velório de Molly, amante de ambos (em épocas diferentes), e que morreu de uma doença fulminante. Os capítulos vão, aos poucos, mostrando o quanto esses dois homens são vaidosos, dissimulados e antiéticos.
Vou parar por aqui. Vocês (vocês? Será que devo colocar no plural?) devem ler. McEwan busca a partir de uma linguagem simples, bem amarrada discutir (muito bem) os valores éticos, ou a ausência deles. Vale a pena. Eu vou levar o meu para ele assinar. Aliás, vou levar também para Parati, ou seria Paraty?, o Leviatã de mamã para que Mr. Auster autografe. Ela vai adorar!

segunda-feira, julho 5

Porrada

Eu estou morrendo de amores por esses meninos. Hermanos de faculdade, estudamos na PUC na mesma época. Era estagiária do Projeto Comunicar quando, sem querer, ouvi uma entrevista com o então estudante de jornalismo e músico nas horas vagas, Marcelo Camelo, para o Pilh@ - projeto de rádio na Internet da Pontifícia. Confesso que nem dei bola. As explicações sobre como era o som da banda entravam por um e saia pelo outro ouvido. E, o pouco que lembro, Marcelo dizia que era uma espécie de "som pesado com letras sobre amor." Ele certamente não falou desse jeito, eu é que não lembro. E, desde que eu me apaixonei por esses meninos tento lembrar daquela entrevista que o Leo (o repórter do Pilh@) fazia e eu desprezava... Ironias do destino.

Outra que me lembro foi um show desses meninos na Casa da Matriz, se não me engano (lembrem-se que eu faço parte da comunidade DESMEMÓRIA!, no Orkut). Era uma barulheira danada e eu não conseguia entender uma palavra cantada. Nem preciso dizer que não gostei, né?

Aí, começou o sucesso de Anna Julia e eu também não dei muita bola. Só agora que eu finalmente descobri Los Hermanos. Demorou, foi aos poucos, mas valeu a pena. Fui no show deles no Noites Cariocas e aí foi a redenção. Maravilhoso! E o que é melhor: eles não cantaram Anna Julia.

...
"Cara Estranho" é uma das minhas favoritas. Não é difícil entender os motivos.

CARA ESTRANHO

Olha só, que cara estranho que chegou
Parece não achar lugar
no corpo em que Deus lhe encarnou
Tropeça a cada quarteirão
não mede a força que já tem
exibe à frente o coração
que não divide com ninguém
Tem tudo sempre às suas mãos
mas leva a cruz um pouco além
talhando feito um artesão
a imagem de um rapaz de bem
Olha ali quem está pedindo aprovação
Não sabe nem pra onde ir
se alguém não aponta a direção
Periga nunca se encontrar
Será que ele vai perceber
que foge sempre do lugar
deixando o ódio se esconder
Talvez se nunca mais tentar
viver o cara da TV
que vence a briga sem suar
e ganha aplausos sem querer

Faz parte desse jogo
dizer ao mundo todo
que só conhece o seu quinhão ruim

É simples desse jeito
quando se encolhe o peito
e finge não haver competição

É a solução de quem não quer
perder aquilo que já tem
e fecha a mão pro que há de vir



Aliás, o que foi Chorão agredindo Marcelo Camelo? Alguém, por favor, tem alguma explicação para isso? Não à toa que o pittboys ouvem esses caras do Charlie Brown... Medo, muito medo nessa hora! Xô!

domingo, julho 4

Just for start

Bom, demorei, mas cá estou no mundo dos blogs. Eu, que já sou orkuteira viciada, resolvi começar por aqui e não pelo fotolog - apesar de a idéia ser muito interessante também.
Nossa, estou me sentindo uma narcisista. Mas acho que o blog vai me ajudar no meu intenso processo de respiração além "rame-rame". A idéia aqui é ser uma espécie de caderno de anotações; uma agenda de impressões.
Boa sorte para mim. E para quem tiver paciência de ler também.