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quinta-feira, setembro 13

O Mundo mágico da Vélib’




Sei que muitos de vocês já leram várias matérias sobre o sistema de bicicletas em Paris. Vélib’ é um sucesso. Começou pouco antes d’eu chegar aqui, no dia 15 de julho, curiosamente o day after do tal dia da liberté, égalité et fraternité. Mas, mesmo vocês já cansados de ouvir falar, quero dedicar um post para o/a Vélib’.

O esquema é o seguinte: você, turista ou morador, vai num dos 750 postos espalhados pela cidade - e isso significa que a cada 300 metros tem um - e faz um abonnement de um ou de sete dias. Abonnement significa que você faz a sua inscrição e paga por ela. Ou seja, por um dia, custa 1 euro e para uma semana, 5. Cada borne (estação) tem um computador pra você fazer o abonnement (lembre-se: doityourself). O pagamento é necessariamente feito com cartão, seja ele de débito (aqui conhecido como carte bleu) ou de crédito. Isso porque você deixa autorizado um "débito calção" de 150 euros. Caso você não devolva a bicicleta, eles fazem o desconto no cartão. Justo. Para moradores, há um abonnement de um ano que custa 29 euros. Mas esse é preciso mandar um cheque e um papel autorizando o pagamento via correio.

O processo no computador é simples e fácil. Sem maiores problemas. No fim, você recebe um papel com um número. Guarde-o bem. Você irá precisar do número toda a vez que quiser retirar uma bicicleta.



Bom, os primeiros 30 minutos são "gratuitos". Caso você se atrase ou não encontre uma borne para deixar a sua bicicleta (muitas vezes as estações estão lotadas, você pode dar uma paradinha e pedir mais uns 15 ou 20 minutos a mais. Isso não custará nada. Mas, se você não fizer isso, é descontado do seu cartão, 1 euro pela primeira meia hora, 2 por mais 30 minutos e outros 4 euros para cada meia hora depois disso. Mas você pode pegar quantas bicicletas você quiser. Exemplo: se eu, louca, quiser andar por toda Paris de bicicleta em um dia - como ir de La Défence a Vencennes, dando um pulinho até Saint Denis e Châtillon-Montrouge - é só eu entregar a vélo a cada 30 minutos numa borne e, imediatamente depois pegar outra. Entrego e pego, entrego e pego. E por aí vai...

Há um telefone para qualquer pepino. Funciona. No meu primeiro passeio com o meu passe de uma semana, perdi o ticket com o meu número. No dia seguinte, ligamos para o tal telefone, mas, no meio do processo, a ligação caiu… Depois, o tempo de espera era grande e estávamos num celular. Ou seja, desisti temporariamente e fiz um abonnement de um dia. No dia seguinte, Tânia finalmente ouviu as mensagens do seu celular, que estava, até então, desligado. Uma das mensagens era da atendente, dizendo o meu número da vélib’’. Incrível, não?



A bicicleta é ótima. Tem três marchas, uma cestinha na frente e está, até então, inteira. É claro que algumas estão quebradas. Mas um carro se encarrega de repô-las.

Paris tem cerca de 370 quilômetros de ciclovia. Mas, aqui, o ciclista anda boa parte na rua mesmo, e na companhia de ônibus e carros. Perigoso? Sim. Mas, lembrem-se de que o trânsito aqui é um pouco mais civilizado do que o carioca (em especial). Claro que os motoristas correm aqui, fazem barberagem, avançam sinal, mas eles são mais prudentes. Mães, não se preocupem, ok?




Há quem diga que o projeto teve um custo de cerca de 90 milhões de dólares e foi bancado por uma empresa de mobiliário urbano. A mesma responsável pelos pontos de ônibus e painéis publicitários em diversas cidades do mundo, inclusive no Rio de Janeiro e São Paulo. Mas, confesso, não apurei direito a informação.


A vélib’’ poderia ser um ótimo novo factóide para César Maia. Mas não acredito que funcionaria no Rio. Pelo menos por enquanto. Em primeiro lugar, as bicicletas aqui andam no mesmo fluxo que os carros. E andam nas faixas dos ônibus. Ou seja, no Rio, o motorista teria que aprender que a bicicleta irá, sim, dividir espaço com ele e que, não, não é para jogar o carro, a moto ou o ônibus no amiguinho que está de bicicleta. Por outro lado, quem está na magrela (paulistês, sei) precisa conhecer o código de trânsito da cidade e que contra-mão é contra-mão para todos, inclusive para a bicicleta (quem nunca foi atropelado ou quase por um imbecil de bicicleta que andava na contra-mão?).

De acordo com a super-matéria da super Sopinha Cerqueira, feita pra Vejinha em 2002, o Rio tem "a maior malha cicloviária do país, com 100,7 quilômetros e com outros 38,4 para serem construídos (será que foram?) e que são cerca de 2 milhões de bikes circulando. Moi je trouve uma doce ilusão achar que o carioca vai de bicicleta pro trabalho. Concordo mais com o que o Tutty Vasques escreveu, na mesma veja rio...

http://veja.abril.com.br/vejarj/280207/cronica.html

O trânsito daqui é muito mais civilizado do que o daí, claro. Isso, ninguém duvida. Mas, é preciso ter muito cuidado e saber onde você pode e onde você não pode andar. Um vacilo e você leva uma buzinada, é xingado pelo motorista. O sistema funciona e funciona bem. E Paris toda usa. Deu certo, pegou entre a população e os turistas. Eu ainda preciso conhecer mais as ruas da região pra ter segurança para andar sozinha. Não quero levar esporro de motorista mal-humorado.


Números:
15 de julho:
Bornes – 750
Vélos – 10.648

Previsões:
3 de setembro: 31 de dezembro:
Bornes - 1.000 Bornes - 1.451
Vélos - 14.197 Vélos - 20.600

7 comentários:

Tânia disse...

Vale lembrar que ciclista que não obedece ao trânsito pode tomar uma multa. Eu mesma já vi uma senhora sendo multada por circular na calçada. Isso só é permitido até os 8 anos de idade. Depois disso é todo mundo pra rua e salve-se quem puder.

ana k. disse...

Ei, eu fiz um comentário e não ficou aqui!
Droga!

missbutcher disse...

faz de novo ué.

missbutcher disse...

vc não está falando do seu comentário no post anterior, não, né?

ana k. disse...

não, bel...
foi outro...

Unknown disse...

isso sim q é uma cidade!
quero paris

ana sol

missbutcher disse...

POis então, venha, moça!