Nos dias 15 e 16 de setembro fomos para lá. Sábado e domingo.
Revisitar uma das cidades mais lindas do mundo não é nada grave. É um prazer. Ainda mais com amigos. Aliás, quase todos os amigos foram. Uma perdeu o trem. E, para completar a história da ida, faltando 20 minutinhos pra chegar, houve um "acidente com passageiro", código para "suicídio na linha". Sim, estamos na Europa. As pessoas fazem isso com muito mais frequência do que aí. Acho.
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Chegamos com quatro horas de atraso.
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A Trupe
O fim de semana, estava liiinnnndooooo. Mas friozinho, como vocês podem ver nas roupas. Nada que comprometesse o obrigatório passeio de bicicleta pelos canais. Alugamos bicicletas para os dois dias. Foi ótimo.
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Amsterdam não mudou, mas notei algo que não tinha reparado antes. Talvez fosse um tanto ingênua naqueles tempos de 20 e poucos anos. Acho difícil, mas, vá...
O tipo de turista que a cidade atrai é mais específico. Sim, tem os velhinhos bacanas, desbravadores, mas o jovem é o que mais tem. De preferência com dreads. É a cidade com maior concentração de dreds que há anos não sabem o que é água.
Sexo e drogas atraem cerca de 3,5 milhões de turistas numa cidadezinha de 735.500 mil habitantes. Claro, tem exceções, como eu. Exceções que comprovam a teoria.
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É uma galera que acorda e vai pro coffee shop. Almoça um sanduba no coffee shop, entre um baseado e outro, e, a noite, vai conferir as meninas bonitas do Leste Europeu se oferecendo no distrito da luz vermelha. Só pra ver porque não tem de 50 a 60 euros para tirar do bolso para ter o serviço oferecidos pelas meninas. Isso mesmo, por 50 euros o rapaz ganha serviço completo. Barba cabelo e bigode. Talvez, esse turista dê um pulinho nas redondezas para conferir a venda de coca. A cada passo, alguém pergunta se você quer. Essa eu não peguei o preço.
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The Red Light District: lotada. As moças cobram de 50 a 60 euros pelo serviço completo.
Nos coffee shops a erva básica sai por volta de 7,50 euros/grama. Mas tem outros tipos, literalmente um cardápio de opções, com preços para todos os bolsos. Você a recebe num plastiquinho, paga outros 0,50 pelo pacote com a seda e vai para a mesa. Para não misturar, o estabelecimento que tem autorização para vender maconha não vende bebida alcoólica. Outras drogas autorizadas estão vetadas por aqui. Tudo é muito organizado
Cada coffee shop só pode vender até 5 gramas por cliente. Quem quiser que fique peregrinando pela cidade atrás de um outro bar, o que não é muito difícil, convenhamos. Sim, os turistas fazem isso. Não dormem e ficam fumando, fumando... Muitas vezes estão sozinhos, o que pra mim, parece um contra censo. Uma subversão do propósito da maconha, que, até onde eu sei, é para reunir os amigos, para relaxar com o outro. Sozinho tem graça, pergunto a vocês?
Achei bem deprê ver várias pessoas enrolando a seda com capricho para fazer a degustação solo.
Mas não é só a maconha e a prostituição que estão liberados. O ato tipicamente masculino (dã) de mijar na rua também foi liberado. Nosso querido médico - e jornalista-desbravador-testador-de-plantão nas horas de diversão - Júlio fez o test drive e aprovou:
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"Realmente é anatômico e muito prático. Fico só com medo de um motorista bêbedo bater em mim ou no mijódromo de bicicleta"
No fim de semana que fomos a cidade estava abarrotada. Parecia que os tais 3,5 milhões de visitantes tinham decidido ir nos mesmos dias. Algo impressionante. Devia estar acontecendo algo de especial, mas não sei.
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Taninha se sentiu completamente à vontade com os novos amiguinhos que ela fez em Amsterdam: "nunca foi tão rápido fazer amizade. Sinto que estou conectada a eles por algum motivo que ainda não sei exatamente qual é", disse em entrevista exclusiva para esse blog.