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quinta-feira, julho 8

Paraty, Parati

Corpo mole, garganta arranhando... é isso mesmo o que você está pensando. E o que é pior, às vésperas da Flip (para quem não sabe ainda, Festa Literária Internacional de Parati). Saio amanhã (sexta, 9) cedinho (consegui folga!!!!). Acho que é ansiedade que está me fazendo ficar doente. Ansiedade diante de algo bom. Típico. Se eu sou ansiosa, logo meu organismo também se comporta como tal, ansioso, nervoso. Eu juro, queria ser mais calma, mais relaxada. Mas aí fico tensa porque não consigo relaxar, não durmo e o ciclo recomeça.

Bom, voltando para Paraty.
Já escrevi isso no meu perfil do orkut , mas repito aqui. Literatura é um novo mundo que se abre. Sempre li pouco e, apesar de ter um padrinho escritor de livros infantis, não havia muito estímulo. E o fato de ser uma criança mega-ativa, com o diabo no corpo, sempre aprontando muito, também não ajudava na hora de sentar ou deitar calmamente para ler um livrinho. As coisas começaram a mudar quando li Amor nos Tempos do Cólera. Se não me engano, meu primeiro livro adulto. Depois, segui com Casa dos Espíritos, 1984 ... Mas foi quando fui morar em São Paulo (em 2000) que comecei a emendar um livro no outro. Com altos e baixos, claro, não parei mais. Estou no topo da montanha russa. Dos autores que vão à Flip não li muitos é bem verdade. Mas estou muito feliz por finalmente conhecer Paul Auster (conhecia apenas os ótimos filmes baseados na Trilogia de Nova York, Cortina de Fumaça e Sem Fôlego). Li Leviatã e gostei muito. Logo que terminei, parti para Mr. Ian McEwan, em Amsterdam. O livro é enxuto e gira em torno da amizade entre Clive (um compositor de música clássica) e Vernon (editor de um jornal inglês sensacionalista à beira da falência), que se encontram no velório de Molly, amante de ambos (em épocas diferentes), e que morreu de uma doença fulminante. Os capítulos vão, aos poucos, mostrando o quanto esses dois homens são vaidosos, dissimulados e antiéticos.
Vou parar por aqui. Vocês (vocês? Será que devo colocar no plural?) devem ler. McEwan busca a partir de uma linguagem simples, bem amarrada discutir (muito bem) os valores éticos, ou a ausência deles. Vale a pena. Eu vou levar o meu para ele assinar. Aliás, vou levar também para Parati, ou seria Paraty?, o Leviatã de mamã para que Mr. Auster autografe. Ela vai adorar!

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